segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Poema - O Quociente

O quociente perguntou à secante:
- Posso ser seu amante?
Ela, de pronto, respondeu:
- Nunca! Já tenho um amor,
- É o terno denominador…
Logo, então, se sentiu um resto.
Não era mais um número inteiro…
Passou, então, por perto a tangente,
Que caminhava para o infinito
Para se encontrar sabe lá com quem.
Perguntou aflito:
- Onde poso encontrar as paralelas?
Ela, então, respondeu:
- Talvez nunca.
Surgiu, então, do menos infinito, a esfera.
Bela e radiosa, logo esqueceu a secante.
Calculou seu manequim,
Mas se achou muito pequeno para tanto volume…
O quociente ficou triste,
Transformou-se em um número complexo
E numa relação unívoca,
Partiu para o esquecimento,
Tornando-se um ângulo obtuso.
André M. Hemerly
Disponível em: http://silviafranca.wordpress.com/category/poemas/
Abraços!

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